NANISMO
Nos próximos dias comemora-se o dia mundial do NANISMO, mais precisamente dia 25 de outubro. Este dia foi criado nos anos 50 nos Estados Unidos e esta data é muito importante a ser lembrada e noticiada, pois as dificuldades e desafios desta parte da população são muito grandes.
O IBGE não tem um número exato desta população no Brasil, mas estima-se que seja em torno de 1 para cada 10 mil habitantes.
O nanismo ocorre devido normalmente a uma mutação genética que afeta o crescimento do osso, e a altura média destas pessoas adultas gira em torno 1,20m. As complicações mais comuns, incluem arqueamento das pernas, curvatura das costas e dentes apinhados. Mas, além destas peculiaridades do nanismo, os maiores desafios em geral estão no preconceito, nas limitações que se impõem no dia a dia da pessoa.
Conversamos com as irmãs Adriana e Mila Poci Cabral, que falam um pouco sobre as dificuldades impostas pelo nanismo. Adriana é artista plástica e tapeceira e Mila, atriz, palestrante e diretora de teatro formada pelo Macunaíma e faz trabalhos em hospitais, escolas, empresas e stand up commedian. Antes destas novas profissões foram proprietárias das lojas Casinha pequenina miniaturas em São Paulo com dois endereços no shopping Eldorado e na Granja Viana e com este empreendimento foram segundo colocadas como a melhor empresa para deficientes trabalharem e a única loja de miniaturas do Brasil.

Segundo, Adriana é comum as pessoas associarem o nanismo com artistas de circo quando na verdade temos as mais diversas profissões. Há também as barreiras estruturais como caixas de bancos, balcões de bares, lojas, altura dos ônibus e carros, procuramos usar os recursos dos cadeirantes para facilitar nosso trânsito.
Temos agora as leis de cotas que nos favorecem, mas mesmo assim as vagas muitas vezes não respeitam a qualificação das pessoas que estão sendo empregadas.
Já Mila, cita que é fundamental na formação das crianças, o sentido de inclusão, tornando a convivência o mais natural possível. O preconceito é nossa maior barreira, mas de uma forma geral está diminuindo, seja pela lei anti – discriminação, seja pelas cotas, cada conquista é comemorada.
A sociedade evoluiu de certa forma, mas há muitas coisas a serem mudadas ainda. Com a exposição que ganharam com a mídia, as irmãs conseguiram mudar um pouco a forma como se encarava o nanismo e segundo elas à partir de 2002, o nanismo passou a ser considerado como deficiência no Brasil, isso melhorou as coisas para muitas pessoas, embora achem que quando se põe o foco nas diferenças e não na igualdade humana o prisma muda muito, sendo que o respeito humano não deve ser imposto, mas sentido. Mas até conseguirmos trazer este tipo de maturidade como seres humanos, as leis cabem bem.
As irmãs Poci Cabral estão em nossa seção Luzes da cidade da semana,confiram lá!