Espiritualidade
IEMANJÁ
03.02.23
RENATA MIRANDA

IEMANJÁ

Esta semana, precisamente dia 2 de fevereiro comemorou-se o dia de Iemanjá, e o que vem a ser esta deidade?

Iemanjá é um orixá (divindade africana) feminina das religiões Candomblé e Umbanda, também conhecida como a Rainha do mar (águas salgadas), Dandalunda, Inaé, Ísis, Janaína, Marabê, Maria, Mucunã, Princesa de Aiocá, Princesa do mar e Sereia do mar,etc.

Conhecida como a padroeira dos pescadores, segundo esta religião de matriz africana, é ela quem decide o destino das pessoas que adentram o mar.

Salvador, capital do estado da Bahia, é onde acontece a maior festa de comemoração de Iemanjá, principalmente também por ser o estado brasileiro onde mais se tem afrodescendentes.

Várias pessoas trajadas de branco, fazem uma procissão até a praia do Rio vermelho, onde deixam presentes nos barcos que os levam para o mar, é uma festa muito bonita.

Em outros estados a comemoração liga-se ao Reveillon, onde as pessoas oferecem flores, perfumes, sabonetes, espelhos, comida que são jogados ao mar. Os presentes que não afundam ou o mar traz de volta, é tido como rejeitados pela deusa.

No sincretismo religioso, Iemanjá corresponde no catolicismo à Nossa Senhora dos Navegantes, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora da Piedade e Maria.

História de Iemanjá

A lenda conta que Iemanjá, filha de Olokun, o soberano dos mares, recebeu uma poção do pai para que a ajudasse a fugir de possíveis perigos. Após um tempo, Iemanjá se casa com Olofin-Oduduá, com quem teve dez filhos, que posteriormente se tornaram orixás.

Por amamentar todos os seus filhos, Iemanjá ficou com seios enormes. Ela se sentia envergonhada, principalmente após o seu marido caçoar dela por este motivo. Irritada e triste, Iemanjá resolveu largar o marido e ir atrás da felicidade.

Nesta jornada, apaixonou-se pelo rei Okerê. Para aceitar se casar com ele, Iemanjá pediu para que Okerê jamais caçoasse de seus seios enormes. Porém, após ficar bêbado, o rei começou a zombar dos seus seios, e Iemanjá fugiu.

O rei tentou persegui-la para se desculpar, mas a rainha do mar usou a poção que seu pai lhe deu para escapar do marido. A poção a transformou em um rio, que desaguava no mar.

Com medo de perder a esposa, Okerê se transformou numa montanha para impedir que o rio alcançasse o mar, e Iemanjá pudesse voltar para ele.

Porém, Iemanjá pediu ajuda ao filho Xangô, que com um raio, partiu a montanha ao meio, permitindo que o rio seguisse o seu caminho. Assim, Iemanjá encontrou-se com o oceano e se tornou a Rainha do Mar.

No Brasil há muito preconceito com religiões de matrizes africanas, isto não é bom. Como tudo na vida, mesmo que não concordemos com algo, devemos respeitar sempre. A sociedade só evolui com respeito, empatia e gentileza para com o próximo. Ser espiritual, religioso é quase uma exigência ser respeitoso com ideias diferentes, então a sua crença não está te ensinando nada ou você não está aprendendo nada.

+ Nossa seção Espiritualidade é neutra quanto á religiões, apenas trazemos jornalismo.

Abraços de luz! Até semana que vem!

RENATA MIRANDA

JORNALISTA, ESPIRITUALISTA.

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